Aos meus pais, avós e amigos.
A toda vida...
A toda a natureza..


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Diluído



Diluído



Dedos que vibram
Noites que sucedem o vento
E o latejar enorme, gigante
Do lacrimejar de saudade ardente
Querer-te aqui!
Amar-te a ti
E um sentir diluído no sopro
De calafrios que acontecem
De gritos e beijos que se inventam
Na tremura do desejo
Cascata trémula do fim
Uma casa de portas abertas
E entradas fechadas
Um rosto de olhos brilhantes
E palavras silenciadas
Um céu azul profundo
Mas nem uma réstea de esperança no mundo
Sem-abrigos que adormecem a um canto da cidade
E os cabelos longos, soltos, presos...
Sem vontade...
E a saudade...
A saudade na cintilância do instante
Ganha forma... na sombra da lua
E torna-se fogo... na chama acesa do fogacho de sonhos
Que acontecem ainda
Suspensos no trapézio do peito
Um grito mudo que se ouviu
Longe dali
E uma morte lenta
Oculta e escondida
Bem à frente dos olhos de toda a gente...
E quando me perguntavam: o que aconteceu...
Eu já não vos respondi...
Inerte e calado, o meu corpo abandonado
Era somente um corpo
Que estava ali...
Diluído... no fim...!

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