Aos meus pais, avós e amigos.
A toda vida...
A toda a natureza..


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Sombra oculta



Olhos atentos que olham para mim
Sou o centro do vazio que brota aqui
Já não durmo com sombras nem cores multifacetadas
Sou mero simbolismo de um relento circunscrito a um limiar de ontens
Dissipando a fúria em segundos de loucura
E deixando de ser, pouco a pouco, o sonho...

Apago... o espírito e a fé em algo mais...
E desfaço-me num núcleo de nadas...!

Amanhã serei o regresso
A algo que já não saberei descrever
Quando no ponto mais alto da montanha
Sentir vontade de voltar a ter a confiança
De ti em mim
De voltar a ser pessoa... igual a todas as outras pessoas
E a sentir...
Que não estou sozinho...

Mas na avenida, longe, depois de espreitares à janela
Lá fico eu novamente... imóvel... de olhos fechados... invisível...
E então perceberás... que já morri...
Sou apenas uma sombra oculta
Ignorando o seu destino.

1 comentário:

Diferrent disse...

Que lindo … agora penso melhor em ti e também te sinto de outros modos… que privilégio desperdiçado! Beijinhos