Aos meus pais, avós e amigos.
A toda vida...
A toda a natureza..


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Não sei



Não sei que dor é esta
Que me corta a chama
E me dilui o verso...

Não sei que... palavras caem..
Entre os sonhos do meu sorriso
E o amanhã...

Não sei... porquê o sentir cansado!
Algures nas costas da solidão transporto
Um grito ao alcance do impossível...
.
Não sei que sensação me percorre
Se é de pedra fria a febre queimada me feria
Se é de ouro fundido o arame farpado
Que delimita os lugares sem sítio..

Não sei..
Se é de mim que tenho dor
Se é do sonho a saudade...
Se é do fado de ser poeta
Sempre no limiar da lucidez e da loucura
Sempre na fronteira ténue
Entre o doce encanto...
E a profunda melancolia...

2 comentários:

Anónimo disse...

Não sei se é o tempo que nos devora ou o inverso...
No entanto, o tempo tem o poder de nos dar ou tirar tudo...
Um dia, acreditei na máxima que dizia que nem Deus pode fazer com que o que foi, deixe de o ter sido...
Hoje, tenho que certeza que o presente consegue alterar o passado, modificando as memórias guardadas...
A compreensão do mistério do tempo reside no escutar do nosso coração, no cansaço vizinho da anunciação da morte...
O cansaço é uma espécie de desistência projectada no amanhã...

Anónimo disse...

Sentir, com limites de loucura , profunda . Obrigado
A.C