Nada...
Sou nada...
Sou nada de mim...
Um templo deserto
Abandonado ao relento
Na madrugada do tempo
Em que o tempo devorou a força
Que habitava imensa aqui...
Eu sou.. nada...
Sou o nada que fica quando o tornado nos atinge...
O nada que resta quando a solidão nos beija...
O nada que sobra...quando partes...
O nada que grita... quando choras...
O nada que chora... quando não gritando... sofres...
O nada... vazio... vácuo... ausente...
O nada... sou eu...
Nítido nulo permanente...
O nada.. sou eu...
Este espírito velho
Enclausurado num corpo novo
Prisioneiro das condições de outros
Lutando por transformar-nos em sonhadores...
Para que amar... e viver... passem a ser sinónimos...
De coisas dimensionalmente diferentes...
E assim... adormeço...
Num nada...
Que perdura...
Na tua ausência...
Na própria ausência de mim...
Eu sou nada...!
Nada.
Pedro Campos
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